Histórias de um compositor compulsivo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

As idéias, para onde vão?

Dói na publicidade, dói na música. Você tem a sensação de que algo bom foi feito. E de repente, o nada. Uma idéia boa, deveria ser como gente. Obrigação de nascer, viver, crescer e aparecer. Mas não. Na publicidade já estou acostumado. Há anos as melhores idéias estão nas gavetas e, principalmente, no lixo. Na música, que por princípio deveria ser longeva, a tristeza fica por mais tempo. As canções, é claro, nunca são transferidas para um saco preto e enterradas. Talvez, seu destino seja até um pouco mais perverso. O limbo, o esquecimento, o quase nada. E como eu, de tempos em tempos, insisto em insuflar-lhes um pouco de vida, brincando com suas notas e melodias, elas saem do coma para, em seguida voltarem à letargia. Dói brincar de criador, mas é melhor assim. Prefiro isso ao confortável deserto da esterilidade imaginativa. Estou vivo.