Histórias de um compositor compulsivo.

domingo, 26 de abril de 2009

Quando a Lourdes Maria nasceu.

Quando a Lourdes Maria nasceu, eu já era um homem de cabelos brancos. Tinha idade para ser mais do que pai. Na idade em que muita gente já estava pensando em aposentadoria, eu comecei a transformar a minha realidade em sonho. A Lourdes Maria nasceu. Chegou de um jeito assim, como que pedindo licença para viver: num susto. E ganhou voz. A voz de alguém que, sem querer, acabou gostando das minhas músicas e queria cantá-las. Quando a Lourdes Maria nasceu, eu não sei se estava preparado para a missão. Talvez, eu fosse como um pai de primeira viagem, fazendo coisas por acreditar que estava certo. E errando por pura incompetência. A Lourdes Maria sobreviveu, apesar de prognósticos e diagnósticos não muito animadores. Sobreviveu, não por mim, mas por todos aqueles que, um dia, investiram tempo, esforço, grana e sonhos. A todos eles, de uma maneira piegas mas sincera, obrigado.

Um comentário:

  1. E que bom que ela está aí, Robinho!
    E lembrando aquela música do Zeca Baleiro:
    "quando é que tú vai gravar CD?"
    Beijos!
    Andrea (Dea) Martins

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